Ativistas tentam aprovação de lei que libera entrada de doulas em hospitais

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Doula Gisele ajuda gestante em trabalho de parto (Foto: Juliana

Doula Gisele ajuda gestante em trabalho de parto (Foto: Juliana Soares Fotografia)

Um projeto de lei que autoriza  a entrada das doulas em todas as maternidades do Estado de São Paulo está pronto para ser votado desde fevereiro de 2014 na Assembleia Legislativa, mas não entra na pauta do dia dos deputados. Com o recesso do fim de ano, a probabilidade é grande de que o texto seja analisado apenas no próximo ano.

Para tentar pressionar os deputados a votar logo o projeto, ativistas do parto humanizado têm ido todas as semanas nos gabinetes  para conscientizar os parlamentares  sobre a importância do PL 250/2013, de autoria da deputada Leci Brandão (PC do B). “O projeto de lei foi aprovado por unanimidade em todas as comissões, o que já mostra que todos entenderam a sua importância. Estamos nos mobilizando pois ele precisa ser votado”, diz a doula e ativista Gisele Leal. Segundo ela, as doulas gostariam que o projeto fosse apreciado antes do dia 18 de dezembro, quando é celebrado o dia da doula.

Atualmente a presença de uma doula no parto ainda é algo restrito pois há maternidades que barram a entrada dessas mulheres que dão suporte físico e emocional para a gestante durante o trabalho de parto, nascimento e pós-parto.

Alguns hospitais até permitem que a parturiente entre com a doula desde que dispense o acompanhante  – que normalmente é o pai da criança e tem o respaldo de uma lei federal para estar presente com a gestante assim que ela dá entrada na unidade de saúde.

Maternidades particulares de São Paulo, como Santa Joana e Pró-Matre, permitem as doulas desde que sejam da área de saúde. Vale ressaltar que a maioria das  doulas não tem formação nesta área já que não fazem nenhum procedimento técnico na gestante, ou seja, não realizam exames de toque, nem avaliam os batimentos cardíacos do bebê.

Elas estão lá para cuidar e encorajar a gestante e ajudá-la a aliviar as dores das contrações sugerindo posições mais confortáveis e utilizando métodos não farmacológicos de alívio para a dor, como massagem, o uso da bola de pilates, chuveiro, banheira, entre outros. Veja aqui o que faz uma doula e os benefícios que elas podem trazer para a parturiente.

Gisele ressalta ainda que o projeto de lei é de extrema importância para garantir à parturiente uma doula de sua livre escolha. Ela ressalta que estudos mostram que mulheres que têm uma doula em seu trabalho de parto têm uma melhor experiência de parto, mais facilidade de formar o vinculo com o bebê e maior sucesso na amamentação. “Além disso, tem menor chance de precisar de intervenções, incluindo cesáreas, ficam menos tempo internadas, ou seja, o ‘custo do parto’ acaba sendo menor. É bom para a mulher e é bom para a saúde em geral”, comenta.

Doulas e ativistas do parto humanizado fazem campanha nas redes sociais (Foto: Divulgação)

Doulas e ativistas do parto humanizado fazem campanha nas redes sociais (Foto: Divulgação)

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