Angústia da separação: o que é e como lidar com ela

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Mãe deve falar com o bebê sobre a volta ao trabalho (Foto: Mâes de Peito)

Mãe deve falar com o bebê sobre a volta ao trabalho (Foto: Mâes de Peito)

Um dos momentos de maior tensão para a mãe – e consequentemente para o bebê – é a volta ao trabalho após a curta licença-maternidade. Muitas mães reparam que ao ficar horas longe, o filho fica mais demandante, mama mais vezes, quer mais colo, fica mais choroso, enfim, tem uma certa mudança de comportamento. Tudo isso é normal e tem nome: é a chamada angústia da separação.

A pediatra Fernanda Marques Fernandes Lima, da Mamaoca, explica que é muito comum o bebê, que muitas vezes já dormia boa parte da noite, acordar mais vezes para mamar. “É muito importante que os pais saibam que isso é normal e que não é uma diminuição da produção de leite. O bebê não acorda mais vezes porque está com fome, mas porque precisa e quer sua mãe por perto”, explica a médica.

Fernanda diz que na volta ao trabalho muitas mães estão tão angustiadas que o bebê não aceita o leite materno nem no copinho, na seringa ou na colherzinha. “A mãe está insegura porque vai ter que voltar a trabalhar e o bebê sente isso. Se ela mesmo vai testar oferecendo o seu leite de outra forma é bem provável que recuse, mas quando a mãe não estiver por perto é mais fácil ele aceitar”, comenta a pediatra.

Também é bastante comum o bebê sentir a separação não só quando a mãe volta a trabalhar, mas quando ela passa a se ausentar por algumas horas e ficar longe do bebê.

Para os pais de seus pacientes, Fernanda sempre aconselha não sair escondida. “O melhor é sempre dar um beijo, explicar que vai ficar com saudades, que vai trabalhar e que logo estará de volta”, orienta. Outra dica que ela dá é não esconder os sentimentos do filho, mesmo ele sendo pequeno. “Também não precisa chorar escondido. Fale para o bebê que está triste, que vai sentir falta dele, explique que ele vai tomar o leitinho no copinho e que logo vai mamar de novo no peito”, diz.

Uma outra dica é deixar paninhos ou objetos transicionais para o bebê, como alguma boneca ou bichinho de pelúcia, por exemplo, pois podem trazer mais segurança para a criança, inclusive, quando ela vai para a escolinha.

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