Muitos médicos dizem para as pacientes “uma vez cesárea, sempre cesárea”. Mas, como já mostramos no nosso site, o VBAC (sigla em inglês que significa parto normal após cesárea), é sim possível e seguro.
A enfermeira obstetra da Commadre, Karina Trevisan, explica que a mulher que busca um parto vaginal após cesárea precisa buscar em primeiro lugar os grupos de apoio ao parto humanizado, que normalmente são gratuitos e oferecem uma grande troca entre profissionais do parto e as gestantes e seus parceiros (as). “Quem puder fazer curso de preparo de parto também ajuda bastante e buscar uma doula é fundamental para quem quer parir”, aconselha Karina.
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A parteira diz que a gestante que planeja ter um VBAC precisa entender mais sobre a fisiologia do parto e como é o trabalho de parto em si. Além de buscar informação, comenta Karina, ela precisa buscar uma equipe que realmente trabalhe com parto humanizado. “Se uma mulher no Brasil quer parir e procura um médico cesarista, ela não vai conseguir parir. No caso das que procuram um VBAC é ainda mais difícil”, comenta.
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Karina diz que os riscos de ruptura uterina são pequenos, mas que a mulher também deve se informar sobre os riscos para também decidir sobre o local de parto – se será domiciliar ou hospitalar – e para montar a sua equipe. Ela explica que é possível, por exemplo, parir em casa com parteiras, mas que é de extrema importância ter um plano B.
“A equipe de back up pode ser o plantonista do convênio ou um hospital do SUS, mas é importante a gestante saber que se chegar em uma transferência pode ser recriminada. Isso já não ocorre se o plano B, por exemplo, for uma equipe com médico que foi contratada por ela para ser acionada se houver a necessidade de ir ao hospital”, explica Karina.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira a entrevista completa no vídeo no nosso canal: