Ministério da Saúde desaconselha parto domiciliar; especialistas criticam

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O parto domiciliar planejado é uma opção para as gestantes de risco habitual e que normalmente é atendido por enfermeiras obstetras e/ou obstetrizes. O Ministério da Saúde, no entanto, emitiu uma nota técnica onde “desaconselha o parto domiciliar no contexto brasileiro”. Para ler a nota na íntegra clicar aqui.

Obstetras humanizados, doulas, obstetrizes e profissionais que atendem partos domiciliares criticaram a medida e criaram uma carta de repúdio onde mostram que o parto em casa é seguro para gestantes de risco habitual.  A nota diz que a escolha do local de parto “deve ser balizada pelo protagonismo da mulher ou pessoa gestante, a quem deve ser garantida informação de qualidade sobre os riscos e benefícios das diferentes alternativas de local de parto, para que possa tomar uma decisão informada. Reforça ainda que gestantes devem ter seus direitos e escolhas respeitados, inclusive no que tange à decisão sobre o seu local de parto”.

Assista o vídeo: parto domiciliar durante a pandemia

O Ministério da Saúde diz na nota técnica que o ambiente hospitalar é o local de maior segurança para parir, mas a própria nota não menciona as casas de parto, que atendem também pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e que são uma outra opção para as parturientes. “Se houvesse intenção de efetivamente orientar a escolha informada de gestantes brasileiras em relação ao local de parto, todos os locais de parto deveriam ter sido abordados e discutidos de forma objetiva, oferecendo subsídios para a tomada de decisão pelas protagonistas do processo de parturição. Casas de parto são locais de nascimento com sólido suporte nas evidências, no contexto da gestação e parto de risco habitual, deliberadamente ignorados pela nota técnica”, diz a carta de repúdio.

A nota de repúdio  completa e o abaixo assinado podem ser acessados clicando aqui.

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