Uma troca de livros infantis foi criada recentemente no Facebook e tem ganhado cada vez mais adeptos. A brincadeira parece simples. Você envia um livro para uma criança, arruma seis amigas para participar e, em troca, recebe em casa 36 livros.
Muitas mães, pais e avós têm participado e compartilhado a publicação, no entanto, é preciso alertar para os riscos que isso pode ocasionar. O principal problema é que para receber os livros, você precisa incluir o nome, idade e, é claro, o endereço do seu filho na internet.
Sabe-se lá onde esses dados vão parar e quem terá acesso a eles. Isso é muito sério. Não serão só as seis pessoas que você vai se conectar na brincadeira, mas os amigos dessas seis pessoas também. Estamos falando de questão de segurança das nossas crianças. Pode parecer paranoico, mas vale arriscar?
Outro fator importante é que se alguém ‘quebrar’ essa corrente, vai ter criança que não receberá os livros esperados, ou seja, vale a brincadeira se pode gerar frustração para algum participante?
Essa iniciativa é uma variação daquelas ‘pirâmides financeiras’, que são consideradas ilegais e que comprovadamente mostram que sempre alguém vai sair perdendo enquanto outras conseguiram se dar bem com o negócio.
Mãe de uma menina de três anos, a nutricionista Laís Fraga, 25, fez dois quadros mostrando como a brincadeira não dá certo e como a troca de livros pode ser uma alternativa bacana para fazer com os nossos filhos e seus amiguinhos.
Claro que ter um monte de livros novos em casa é uma delícia, que devemos ler para nossos filhos e incentivar a leitura. Que tal então propor para os amigos mais próximos um encontro na brinquedoteca do prédio, em um piquenique no parque e fazer uma feira de troca de livros?
Cada um leva um, dois, três livros em bom estado e troca com o amiguinho. As crianças aprendem a desapegar, que é super importante, é bem mais divertido e ainda por cima todos vão sair com livros novos. E o melhor: sem se arriscar nem gastar nada com isso.