Quando se fala de parto, amamentação e criação com apego há sempre muitas dúvidas. Para desmistificar um pouco esses assuntos o Partejar Santista, um grupo de incentivo ao parto humanizado, criou vídeos para orientar pais e gestantes de forma clara e acessível a todos.
Uma das idealizadoras do projeto, a doula Luciana Ribeiro, diz que a ideia é compartilhar informações sobre a realidade obstétrica atual no Brasil e divulgar informações confiáveis e baseadas em evidências científicas de forma didática. Os vídeos são feitos com a produtora Pedal – Pedagogias Alternativas, que é responsável em fazer as filmagens e edição.
Luciana explica que o acesso aos vídeos será gratuito e que a cada semana será postado um novo no Canal Partejar que está no Youtube e no Facebook.
“Serão três web séries. O primeiro vai abordar as quebras de mitos da gestação e parto, o segundo sobre pós-parto e o terceiro será de um humor e chamará brincando de partejar”, comenta. Luciana explica que os episódios vão falar sobre parto pélvico, hipertensão, pouco e muito líquido, falta de dilatação, parto gemelar, episiotomia, entre outros assuntos.
Quando o assunto é pós-parto serão tratadas questões como amamentação, uso de chupeta, uso do sling, cama compartilhada, banho de balde, corpo da mulher no pós-parto, entre outros. “Já o brincando de partejar terá um espaço dedicado ao humor. Será uma minissérie em dez capítulos que irá retomar mitos já abordados nas outras séries de forma leve com diálogos inusitados, nos quais crianças representam o papel de mães, pais, médicos, filhos e muito mais”, comenta. As séries também serão intercaladas entre entrevistas com profissionais da área e cenas de ficção.
Luciana diz que para conseguir viabilizar todas as filmagens, criaram um financiamento coletivo para arrecadar R$ 12 mil. O primeiro episódio já foi divulgado e fala sobre a ‘falta de dilatação’.
Muitas mulheres acreditam que não puderam ter seus filhos de parto normal por esse motivo quando na verdade nem entraram em trabalho de parto. “Não existe mulher que não dilata (salvo raríssimas exceções). O que existe são profissionais sem paciência para esperar a fisiologia do parto”, diz a obstetriz Ana Cristina Duarte. Assista o vídeo clicando aqui.