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‘Doeu ter leite e não poder amamentar minha filha’, diz mãe após câncer

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By Giovanna Balogh on 6 de maio de 2016 Amamentação, Histórias maternas, Maternidade Real
Ana e o marido em ensaio feito na gravidez (Foto: arquivo pessoal)
Ana e o marido em ensaio feito na gravidez (Foto: Nathália Cunha )

Três semanas após descobrir que seria mãe veio um diagnóstico nada agradável. Uma ultrassom de rotina feita na décima semana de gestação mostrou, em fevereiro do ano passado, que havia um nódulo na mama esquerda da jornalista Ana Raquel Merighi Damasceno, 33. “Brinco que só fiquei exclusivamente feliz por três semanas. Depois de descobrir o câncer foi um misto de sentimentos. Receber o diagnóstico foi algo surreal, ainda mais na gravidez.”

Ana precisou retirar o câncer quando ainda estava com 13 semanas de gestação. A cirurgia correu bem – o tumor tinha menos de 2 centímetros – e na sequência foi iniciada a quimioterapia enquanto o bebê crescia. “Foram três ciclos de quimioterapia feitos em intervalos de 21 dias. Fiquei careca, mas graças a Deus não passei mal com os medicamentos”, comenta.

A  pequena Cecília nasceu por meio de uma cesárea com 36 semanas de gestação pesando 1,6 quilos e 41 centímetros. Apesar de ter nascido bem, foi preciso passar 12 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal para ganhar peso.  

Ana diz que a cirurgia para retirar o câncer, a cesárea, e o tratamento em si não foram tão doloridos comparado ao fato de que não pode amamentar sua filha. “Tomava remédios quimioterápicos e não se sabe quanto podem passar para o leite e quais os efeitos  isso causa. Então, o oncologista barrou a amamentação”, comenta.

Cecília nasceu em uma quarta-feira à noite e o leite desceu no domingo. “O seio começou a ficar dolorido, meio quente, tive que fazer massagem para tirar o excesso e precisei enfaixar e fazer compressa gelada para interromper a produção. Foi muito triste, chorei, fiquei meio depressiva. Afinal, para que servem as mamas se não é para amamentar? Essa é a função primordial delas”, lamenta.

A mãe de Cecília conta que no dia que precisou enfaixar os seios estava na UTI com a filha no colo e que não conseguia conter as lágrimas. “Um médico passou e, ao ver a cena, veio conversar comigo. Ele me disse o que eu já sabia, que o mais importante estava ali, nos meus braços. Eu não poderia dar de ‘mamá’, mas daria a mamadeira com o mesmo amor com que daria o meu leite.

E foi e tem sido assim, pensando desse jeito que eu tô conseguindo superar o fato de não poder amamentar”, comenta Ana ao lado da filha Cecília, que está agora com oito meses.

Ana decidiu fazer o ensaio durante o tratamento (Foto: arquivo pessoal)
Ana decidiu fazer o ensaio durante o tratamento (Foto: Nathália Cunha)

FICAR CARECA

Além da frustração por não ter amamentado, Ana diz que não foi fácil ficar careca pois adora tirar fotos e que a incomodava de ter as fotos da gestação sem cabelo. “Por isso, planejei meu chá de bebê cm muita antecedência para ter cabelo nas fotos. Meu cabelo já havia começado a cair, mas no dia seguinte ao chá meu cabelo ‘despencou’”, comenta. Ana, como muitas gestantes, havia planejado um ensaio grávida e quase desistiu por conta do cabelo. “Depois percebi que seria uma declaração de amor à minha filha esse ensaio. Ela merecia saber que, apesar de toda a situação, em nenhum momento deixamos de amá-la, querê-la ou desejá-la. E como me fez bem esse ensaio!  Foi quando eu realmente me aceitei careca e me achei linda!  Uma grávida, careca, porém não menos linda por isso!”, diz.

O médico dela explicou que o tratamento poderia ser feito ainda na gestação sem prejudicar o bebê, mas que tinha que ser feito logo pois o tumor poderia crescer mais e agravar a situação. Ana diz que foram momentos de desespero, incertezas que a acompanharam durante toda a gestação e que foi preciso se apegar muito a sua fé para não desistir.

“Me apeguei muito na religião para não desanimar. Tive dias difíceis, tenebrosos, mas aquele serzinho me dava força que eu buscava. Quando senti ela mexer, agradecia a Deus a cada instante por aquele presente”, comenta.

Ana encerrou o tratamento e agora faz um acompanhamento com exames e segue tomando um medicamento que irá acompanhá-la nos próximos anos.

“O remédio me deixa muito irritada e, ao ver minha filha chorar, tinha dias que chorava junto. Minha mãe me ajuda muito quando o meu marido está fora de casa. Ele e ela me ajudaram a não perder o chão pois estiveram ao meu lado o tempo todo, dando todo o respaldo”, diz.

A DESCOBERTA

Na adolescência Ana teve um câncer (linfoma de Hodking) e, por isso, fazia acompanhamento das mamas desde os 20 e poucos anos. “Nunca deu nenhuma alteração, foi dar só quando eu já estava grávida.”  O câncer de mama não tem relação com o linfoma, mas os médicos pediram um acompanhamento mais rígido pois a radioterapia que fez na adolescência poderia ter causado uma mutação nas células que eram muito jovens.

Ana diz que esperar a biópsia para contar para a família sobre a doença já que o pai dela havia morrido dois anos antes de câncer. “Não sabia como contar para a minha mãe. Não tinha coragem de jogar uma bomba dessas no colo dela em um momento tão feliz que estávamos vivendo”, comenta. Ana diz que no dia da biópsia pediu para a irmã mais velha contar para a mãe pois ela mesma não conseguiria tranquilizá-la. “Eu queria que a minha mãe ficasse tranquila de que eu estava bem, mas não conseguiria fazer com que isso fosse verdade desabando de chorar na frente dela”, recorda.

Ana com o marido e a filha Cecília (Foto: arquivo pessoal)
Ana com o marido e a filha Cecília (Foto: arquivo pessoal)

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2 Comentários

  1. Silvia Briani on 6 de maio de 2016 11:45 AM

    Linda, guerreira e vencedora! Linda história de superação. Superar a doença, levando a gestação concomitante a um tão difícil tratamento, e superar o sentimento de frustração de não poder amamentar a filha que está nos braços. O mais importante de tudo é essa filha saber que tipo de mãe fodona ela escolheu pra ter! Eu imagino a dor dessa mulher. Aqui o meu diagnóstico veio depois da amamentação. Tive muita sorte de poder ter amamentado minha filha por 2 anos, e após 7 meses de desmame, quando finalmente o leite deixou de sair, fiz meus exames de rotina (por precaução devido a historico familiar), tive a sorte de pegar o carcinoma ainda no início, sou muito grata pela sorte que tivemos. Meu tratamento foi cirúrgico, fiz mastectomia das duas mamas, e mesmo sem estar grávida, sem ter planos pra isso, confesso que somente a possibilidade de ter um bebê e não ter mais as mamas para amamentá-lo, doi la no fundo… me coloco então no lugar dessa mulher vencedora!

    Reply
  2. Adriana Rodrigues Zaru Calicchio Viana on 25 de março de 2019 2:32 PM

    Olá amiga, estou com 24 semanas e indo para 5 ° quimioterapia, agora a branca ( iniciei o tratamento na 15° semana com 4 vermelhas e 4 brancas)
    Tudo correndo muito bem graças a Deus !
    Termina as Qts e depois de 10 dias 38 semanas pronta para nascer .
    Não poderei amamentar , pois iniciarei a rádio, amamentei minhas 3 filhas hj com 20/17 e 11 anos.
    Estava a procura de saber se nos mães que não podemos amamentar por causa do tratamento, temos direito a receber leite .
    Fui diagnosticada, fizemos logo a cirurgia, e após a Qt. Descobri a gravidez 3 dias pós operada feita a quandrantectomia, retirada do tumor de 2 cm pela Auréola, preservei a mama .
    Gostaria de tirar essa dúvida!
    Um grande beijo a vc , forças e muita saúde para vc e sua família!

    Reply
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SOBRE A AUTORA
Giovanna Balogh Autora do livro infantil "O Mamá é da Mamãe", que fala sobre o desmame gentil, a jornalista Giovanna Balogh, 41, passou a fazer reportagens sobre parto, aleitamento materno e direitos das mulheres após a maternidade. Ela é mãe de Bento, Vicente e Teresa. Formada em 2002 pela UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), trabalhou de novembro de 2005 a abril de 2015 na Folha de S. Paulo onde ocupou diferentes funções. Também foi repórter por três anos do extinto Jornal da Tarde. Após a maternidade, passou a focar sua carreira em saúde materno-infantil. Para entender e escrever melhor nesta área, fez formação como doula, instrutora GentleBirth e consultora em aleitamento materno. Atualmente é responsável pela Agência Mexerica e é pós-graduada em Marketing de Influência na PUC-RS.
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