A modelo Monica Benini, mãe de Otto e mulher do cantor Júnior, publicou nesta quinta-feira (04/05) seu emocionante relato de parto domiciliar. Ela conta que sempre ponderou muito sobre seu parto e como gostaria que seu filho chegasse ao mundo. “Minha maior vontade sempre foi a de me permitir escutar totalmente meu corpo”, relata Mônica, que pariu na banqueta apoiada pelo marido que estava abraçado em suas costas.
“E assim, sentada, com meu marido abraçado em minhas costas, pude viver o momento mais inexplicável da minha vida. Entendi o significado do tal círculo de fogo assim que meu bebê coroou. Como dói, queima. E em mais uma contração ele estava em meus, em nossos braços. Eu, completamente exaurida, porém tomada pela melhor sensação desse universo, não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Ele nasceu em nosso quarto, em frente à nossa cama, depois de 33 vigorosas horas… e foi para nossa cama que “escorregamos” com o Otto em nossos braços. Permanecemos assim por muito tempo, ele aninhado em meu peito, e o papai, que também acabara de renascer, nos abraçando. Nossa família, forte, unida, exalando amor. E eu inundada por ocitocina”, relata.
A modelo, que tinha na equipe duas parteiras e uma doula, conta que demoraram mais de uma hora para cortar o cordão umbilical e que isso foi feito pelo pai de Otto. “Mas o cordão que nos uniu (mais ainda) naqueles dois dias jamais será cortado. Eu mal consegui chorar, mas meu peito fervilhava. Já naquele momento entendi perfeitamente que uma nova versão de mim nascera, muito mais forte, confiante e plena. É inacreditável o tamanho da força que brota depois de uma ‘prova’ dessas”, diz.
ÁGUA MORNA
Monica disse que entrou no chuveiro e na banheira montada na sala para aliviar as dores das contrações. “As três horas mais intensas de dor do meu trabalho de parto foram lavadas pela água morna que caía do chuveiro. Sentada em uma bola de pilates, eu deixava a água acariciar minha lombar enquanto, em silêncio, exercitava a respiração mais concentrada que já fiz em minha vida. O silêncio, e eu já imaginava isso, foi um santo remédio naquele momento. Eu escolhi passar por esse momento sem absolutamente nada de anestesia ou analgesia porque queria o viver por inteiro, sentia que era capaz e porque todas as minhas escolhas, desde o início, sempre foram pautadas pelo zelo máximo ao meu bebê”, relata a mãe de Otto, que nasceu em setembro do ano passado.
Mônica comenta ainda que a fase expulsiva do trabalho de parto é um momento “que nosso poder feminino se eleva ao máximo, e eu me permiti ser inundada por aquela força. As contrações eram muito, muito, muito intensas, e eu só pensava que, a cada uma delas, nosso bebê estava um pouquinho mais perto de nós”, descreve.
Ela conta que foi acompanhada pelas parteiras Ana Cristina Duarte e Letícia Ventura e que tinha como back-up a obstetra Andrea Campos, da Casa Moara. Ela relata que a médica fez todo o pré-natal e seria acionada no caso de uma remoção até uma maternidade já que a mesma não atende partos domiciliares. Sobre a sua escolha de parir em casa, ela fez uma ressalva para as suas seguidoras explicando que o parto domiciliar só acontece em gestações de baixo risco e quando há uma equipe preparada com um plano B, como era no seu caso. “Pesquise bem e procure uma equipe (obstetrizes, doulas, médico, pediatra neonatal etc.) na qual você confie profundamente. Isso é essencial para o seu relaxamento.
Confira o relato completo da Mônica no site dela clicando aqui.