Como a laserterapia pode auxiliar nas fissuras dos mamilos

Muitas mulheres quando iniciam a amamentação enfrentam fissuras nos mamilos, principalmente, por conta da pega errada do bebê. A maioria desses machucados pode ser tratada apenas com pomadas próprias e também é recomendado que a puérpera tome sol e deixe os seios respirarem, ou seja, ficar sem sutiã a maior parte do tempo para não abafar e permitir que a cicatrização acontece de forma mais rápida.

Nos casos onde a cicatrização demora mais ou as fissuras são muito grandes, as mulheres podem recorrer ao tratamento a laser de baixa potência. A técnica é uma ferramenta terapêutica que possui ações anti-inflamatória, anti-edema e analgésica. Especialista em amamentação, a fonoaudióloga Vanessa Mouffron diz que o tratamento é  indicado para traumas mamilares comuns na fase inicial da amamentação, como as fissuras ou a sensibilidade dolorosa.

“As que mais procuram são as mães com bebês recém-nascidos. Na fase inicial, mesmo quando tudo está correto, ainda podem surgir fissuras dependendo da sensibilidade de cada mulher, da predisposição, da resistência da pele ao atrito constante da mamada”, diz.

Vanessa explica que o tempo de tratamento é variável, mas que em alguns casos apenas uma aplicação é suficiente. O tempo de aplicação é rápido, ou seja, é feito em menos de cinco minutos em cada mama.

Ela explica que o laser usado em cirurgias, na depilação e em alguns procedimentos estéticos são os de alta potência, ou seja, possuem grande concentração de energia. “Os utilizados em laserterapia são chamados de ‘laser de baixa potência’ e possuem intensidade bem menor”.

Vanessa diz que normalmente as consultoras de amamentação que utilizam a laserterapia fazem o atendimento na casa da paciente ou em consultório. A sessão, segundo ela, pode variar de R$ 90 a R$ 150. A especialista explica que a laserterapia não é uma técnica nova, mas que sua aplicação na amamentação é que começou a ganhar mais evidência agora.

No Brasil, não há legislação que regulamente o uso do laser ou que discrimine quais profissionais podem ou não utilizá-lo. No entanto, é importante buscar profissionais capacitados para o atendimento. Se a técnica não for feita corretamente, Vanessa diz que há riscos de queimadura se for mal aplicado e/ou mal indicado.

“A dose é diferente para pessoas negras, por exemplo. E também há o risco de não haver o efeito desejado, se a dose ou o tipo de laser usado forem incorretos”, orienta Vanessa, que aplica o laser há dois anos em suas pacientes e vai dar curso para os profissionais de saúde interessados em aprender o uso da técnica na amamentação.os os profissionais da saúde. Não há legislação no país que regulamente o uso do laser ou que discrimine quais profissionais podem ou não utilizá-lo. No entanto, sabe-se que é necessária uma capacitação e cada profissional deve consultar seu conselho de classe.