
As escolas cada vez mais tem abolido do calendários as comemorações como o Dia das Mães e Dia dos Pais e feito uma única festa com os estudantes, o chamado Dia da Família.
O psicólogo Alexandre Coimbra Amaral, especialista em família, diz que as escolas muitas vezes não percebem como estão sendo moralistas e segregadoras ao fazer celebrações como Dia das Mães ou dos Pais. “Famílias são como peças de Lego que você pode montar com todo tipo de cor, de peça, e que o mais importante é que todos sintam que são parte deste castelo montado, onde todos sintam que são protegidos, amados e sendo úteis uns para os outros”, comenta.
Ao fazer essas comemorações, opina Amaral, as escolas estão reproduzindo uma moral muito rígida na composição familiar ao dizer que é ‘normal’ é ter um pai e uma mãe. “Estão normatizando e moralizando a discussão”, avalia. “Desta forma excluem muitas famílias que têm outros arranjos, mas que dão certo. São famílias que têm crianças sendo bem criadas sendo autoras da própria vida.”
O especialista ressalta que as pesquisas na área da família mostram que o importante não é quem vai exercer a função materna e paterna na vida de uma criança, mas que ela seja exercida por alguém. “Pode ser o pai, a mãe, uma avó, um padrinho, irmão mais velho, ou seja, qualquer pessoa”, ressalta Amaral.
Ele observa que não importa se a família é composta por um casal heterossexual, gay, lésbicas, mãe solo, pai solo, adotante ou biológico. “O importante é se a família consegue dar sustentação emocional para essa criança. Se consegue atender as angústias do desenvolvimento deste bebê e desta criança, se consegue apresentar uma cultura, socializar, ofertar pertencimento a um grupo familiar e proteger essa criança das violências da vida o máximo que for possível. E isso pode ser feito por qualquer adulto”.
Com as novas formações de família, o Dia da Família tem sido instituído, inclusive, em escolas religiosas, como o Colégio Agostinho São José, no Belém (zona leste de SP), e no Colégio Marista Glória , no Cambuci (região central de SP). O primeiro colégio fará neste ano a terceira edição do Dia da Família enquanto o segundo fará pela primeira vez. “A ideia é enaltecer todos os envolvidos no crescimento, tanto intelectual como emocional da criança. Os modelos familiares mudaram e o colégio percebeu a necessidade de adaptar tais datas para atender crianças em suas variadas situações pessoais”, diz nota enviada pelo Colégio Agostinho São José.
Para agradar a todos e não deixar frustradas, por exemplo, as mães que gostavam de ver a apresentação dos filhos e receber cartões cheios de corações, a escola buscou atrações diversas. Neste ano, o tema central será a Copa propondo atividades recreativas para toda a família.
3 Comentários
Percebo que a cada ano que passa o ser humano tende a se tornar mais complexo e se perde na simplicidade da vida, acredito que terá uma época futura onde a palavra pai e mãe perderá a referencia, por deixarmos de ser simples e pensar somente no complexo e diferente, concordo plenamente em que pai e mãe são aqueles que criam e isso deve ser ensinado nas escolas, mais a condição biológica trás a tona a questão responsabilidade de cada um deveria ter e está se perdendo exatamente por este pensamento, onde já não existe a condição de impor a responsabilidade que lhe é devida, pois quando estiver no “bem bom”, ou seja, para a fabrica de bebes, ninguém quer saber a questão da responsabilidade de cada um, já que sempre terá aquele que é mais responsável (o trouxa), na família que podemos chamar de pai ou mãe. Acredito que precisamos é de equilíbrio entre as partes sem perder a responsabilidade que lhe é devida.
Estou buscando dados para apresentar na escola que meus filhos estudam, justamente para sugerir o Dia da Família. O texto usa a frase ´Com as novas configurações de família(…)´ Esse é a única informação que está desatualizada. Sempre houveram famílias de varias formas, avós criando netos, mães sozinhas, tias e famílias grandes… diversas. Só eram invisibilizadas. Num país onde o numero de crianças sem registro paterno nas certidões de nascimento, é altíssimo, exigir dia dos Pais na escola chega a ser de uma tremenda falta de empatia. Em 2022 muitas famílias ainda estão de luto pela perda de parentes para o covid,,,, Tudo isso fragiliza emocionalmente as crianças e o corpo docente escolar. O Dia da Família cabe perfeitamente para as datas cívicas na escola. Que não seja moda, que seja transformação para melhor. Um país onde TODOS estejam unidos pelas crianças.
Balela conversa pra boi dormi, isso faz parte de uma agenda globalista que quer excluir as figuras maternas e paternas da vida das crianças. O certo era ter os três dias, dia dos país das mães e da família. Fui criado pela minha vó e sempre levei presente da escola pra ela, mostrando o respeito e carinho que tenho de mãe por ela e assim foi com meus tios após a morte do meu avô