
As parteiras ou enfermeiras obstetras são as principais profissionais para atender as gestantes de risco habitual. Em países da Europa são elas que atendem a maioria dos partos, no entanto, no Brasil ainda não são todas as gestantes que contam com essas profissionais.
A enfermeira obstetra da Commadre, Karina Trevisan, explica que as enfermeiras obstetras fazem o curso de enfermagem e se especializam na área. Já as obstetrizes fazem o curso de obstetrícia na USP (Universidade de São Paulo) Leste, que é a única faculdade no Brasil que oferece essa formação. Karina diz que a função das obstetrizes é similar com a da enfermeira obstetra. “Elas são responsáveis pelos partos de baixo risco, que podem ser tanto domiciliares como em hospitais ou casas de parto”, explica Karina.
Karina comenta que, no cenário ideal, a mulher é atendida por parteira e tem um médico obstetra de back-up, que é acionado caso haja alguma intercorrência. “Com uma parteira, a mulher pode ser avaliada em casa e não chegar tão cedo ao hospital, evitando assim uma internação precoce e as intervenções que podem surgir aí”, afirma. As obstetrizes são as profissionais que atendem também os partos domiciliares já que os médicos não podem fazer esse tipo de atendimento por conta do CRM (Conselho Regional de Medicina) não recomendar essa prática. Leia mais sobre as obstetrizes clicando aqui.
A parteira da Commadre explica que o trabalho da parteira não tem qualquer relação com o de doula, ou seja, são pessoas com funções bem distintas no cenário do parto. As doulas são mulheres contratadas pela gestante que dão apoio físico e emocional para a parturiente. Elas não fazem nenhum procedimento técnico, ou seja, não fazem exame de toque nem fazem a ausculta (ouvir os batimentos cardíacos) do bebê. Estão lá para fazer massagens, auxiliar a melhor posição para parir, enfim, cuidam do bem-estar da mulher que está parindo. Leia mais sobre o trabalho da doula clicando aqui.
Além das parteiras urbanas, existem também as parteiras tradicionais que normalmente atendem mulheres em regiões carentes onde o acesso ao hospital é difícil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. São mulheres que aprenderam a acompanhar partos na prática auxiliando, por exemplo, parteiras mais experientes.
Confira a entrevista completa com a Karina para o canal do Mães de Peito: