Lactação induzida; quem não engravida pode amamentar?

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Marcela e Melanie amamentam os filhos gêmeos

A lactação induzida é permitir que uma pessoa que não  gestou comece a produzir leite. A lactação induzida pode ser feita, por exemplo, em casos de um casal de duas mulheres onde apenas uma gestou e a outra não, no caso de adoção e também nos casos de barriga solidária.

No caso das adoções, a consultora de amamentação, Kely Carvalho, é mais difícil pois não dá para precisar qual a idade do bebê e quando ele vai chegar. “Isso acontece com mais facilidade em países como nos EUA onde acontece a adoção direta”, explica a consultora, especialista em lactação induzida que já atendeu mais de 40 pessoas nessa situação.

Ela explica que a lactação induzida acontece após os profissionais de saúde seguirem um protocolo que inclui uso de medicação, estimulo por bomba para fazer ordenha e, é claro, muito planejamento e iniciar os protocolos pelo menos seis meses antes do bebê chegar. Mas, esse prazo não é definitivo, ou seja, dá para fazer em outros momentos.

“A consultora de amamentação que trabalha com lactação induzida precisa trabalhar em conjunto com um médico pois é ele quem vai prescrever as medicações para ‘simular’ uma gestação. Os medicamentos são baratos e o mais caro é adquirir a bomba”, explica.

Kely comenta que  a sua primeira paciente foi a escritora Marcela Tiboni que é casada com Melanie Graille, que engravidou de gêmeos. As duas mães tinham a intenção de amamentar e dividir as noites em claro e, é claro, o prazer de amamentar e cuidar igualitariamente dos bebês.  As duas amamentaram os gêmeos até completarem dois anos e a experiência da maternidade homoafetiva rendeu o livro “Mama: relato de uma maternidade homoafetiva”, onde conta desde o planejamento para engravidar até os preconceitos e desafios que enfrentaram.

LACTAÇÃO INDUZIDA NÃO É AMAMENTAÇÃO CRUZADA

Em entrevista ao Mães de Peito, ela explica que um bebê mamar nas duas mães não é amamentação cruzada. “A amamentação cruzada é quando a mãe amamenta o bebê de outra mulher. Nesse caso, as duas são mães”, orienta. Kely diz que tem mulheres que vão amamentar exclusivos e outras vão precisar complementar. “Cada gota importa”, afirma.

Confira a entrevista completa no nosso canal no Youtube:

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