Pela primeira vez número de cesáreas não cresce no país

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Parturiente dentro da banheira durante trabalho de parto (Foto: Carolina Zia Fotografia)

Parturiente dentro da banheira durante trabalho de parto (Foto: Carolina Zia Fotografia)

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (10) que pela primeira vez, desde 2010, o número de cesarianas não cresceu no país tanto na rede pública como na privada. O Brasil é o país recordista de nascimentos feitos por meio da cirurgia, principalmente, nas maternidades particulares.

Segundo o ministério, a cesárea apresentava sempre uma curva ascendente e, em 2015, caiu 1,5 pontos percentuais em 2015. Dos 3 milhões de partos realizados no Brasil, 55,5% foram cesáreas e 44,5% partos normais. Considerando apenas partos no SUS (Sistema Único de Saúde), a situação se inverte e o número de partos normais é maior, sendo 59,8% e 40,2% de cesarianas. Em 2016, a tendência de estabilização se mantém com o mesmo índice de 55,5% (dado preliminar).

Conforme divulgou o Mães de Peito, nesta semana o Ministério da Saúde anunciou as diretrizes de assistência ao parto normal que deverá ser seguido pelos profissionais da saúde. A ideia, segundo o ministro, Ricardo Barros, é incentivar cada vez mais o parto normal para mudar “a cultura de cesarianas desnecessárias”, ressalta.

Segundo a Saúde, a  estabilização das cesáreas é consequência de uma série de medidas, como a implementação da Rede Cegonha, com investimentos em 15 CPNs (Centros de Parto Normal;) qualificação das maternidades de alto risco; maior presença de enfermeiras obstétricas na cena parto, entre outras. Outro destaque é a ação da ANS (Agência Nacional de Saúde) com as operadoras de planos de saúde com estratégia Parto Adequado. 

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Em 2016, o Ministério da Saúde publicou o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para Cesariana, que traz parâmetros que devem ser seguidos pelos serviços de saúde. A medida visa auxiliar e orientar os profissionais da saúde a diminuir o número de cesarianas desnecessárias, uma vez que o procedimento, quando não indicado corretamente, traz inúmeros riscos, como aumento da probabilidade de surgimento de problemas respiratórios para o recém-nascido e grande risco de morte materna e infantil.

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